terça-feira, 11 de maio de 2010

No jardim das rosas

Você me olha, como se conseguisse desvendar todos os meus segredos,
Chega sem nem avisar, entra sem pedir e me invade sem me deixar respirar
Me tirou a calma, me limpou a alma e me fez enlouquecer
Procurei entender, mas o tempo correu, sem me deixar ver o que era pra ser
Acabou que o tempo levou, deixando somente as marcas do que não foi
Aquele toque vazio, sentido por um corpo frio
Que jaz sem vida e sem cor
Num campo de rosas banhado pela chuva, sem ardor
De olhos fechados, tento ainda lembrar, do toque que não senti, dos momentos que não vivi
Dos carinhos que não pude nunca ganhar, que me foram negados pela distância
Que me foram tomados pela ausência eque o tempo somente aumentou
E o tato, somente a chuva consegue sentir, lavando feridas abertas
Arrancando gritos de dores, levando a paz da minha alma
Deixando me entre aos espinhos, do campo de rosas...
Com cicatrizes abertas, que sangram, que choram, que nunca se secam...

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